A CEREJEIRA da LUA
António Torrado visita a nossa escola no dia 26 de fevereiro...
A Cerejeira da Lua e outras Histórias Chinesas reúne um total de 4 histórias, sendo uma delas inédita e tendo as restantes três sido já publicadas separadamente, em 1990, pelo Instituto Cultural de Macau. As ilustrações, realizadas propositadamente para esta edição, são de Alain Corbel, ilustrador francês residente em Portugal e galardoado com o Prémio Nacional de Ilustração relativo a 2002.
António Torrado nasceu em Lisboa (1939), mas com raízes familiares na Beira Baixa. Poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, é por excelência um contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos em várias línguas. Foi jornalista, editor, professor, produtor principal e chefe do Departamento de Programas Infantis da RTP. A sua bibliografia regista atualmente mais de 120 títulos, onde sobressai a produção literária para crianças, contemplada em 1988, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Livros seus foram, em 1974 e 1996, incluídos na Lista de Honra do IBBY - Internacional Board on Books for Young People. Segundo o crítico e investigador José António Gomes, "Torrado impôs-se como uma das figuras de maior relevo da nossa literatura do pós-25 de abril e dificilmente se encontrará hoje um autor que, de forma tão equilibrada, saiba dosear em livro o humor, a crítica e os sinais de um profundo conhecimento do imaginário infantil."
ALGUNS LIVROS DE ANTÓNIO TORRADO
Respostas do escritor António Torrado
Consulta em
http://visao.sapo.pt/as-respostas-do-escritor-antonio-torrado=f546143
Lê a história do dia deste escritor
A força da pulga
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A força da pulga
O homem das forças achou uma pulga. Prendeu-a entre os dedos e disse-lhe:
- És um ser insignificante e reles. Como te atreves a aparecer ao pé de mim, que sou o homem mais forte do mundo?
Respondeu a pulga:
- Fraca serei, mas, se eu quiser, levanto-te em peso. Aposto contigo.
Ia a castigá-la pelo atrevimento, mas ela escorregou-lhe pela polpa dos dedos e desapareceu.
Estava já o homem das forças a dormir, quando a pulga se chegou, de novo, a ele. Passeou pelos lençóis e procurou-lhe o quente do corpo. Num sítio azado, por altura dos rins, ferrou-lhe uma grande dentada.
O homem riu-se da prosápia da pulga.
O homem, que estava no mais fundo do sono, mesmo assim, sentiu-se. Ergueu o corpo, apoiando-se na nuca e nos calcanhares e coçou, instintivamente, o lugar picado.
A pulga escapuliu-se-lhe às unhas e pregou-lhe outra ferroada, no mesmo sítio. Mais se arqueou o corpo do homem das forças, levantando ainda mais alto os lençóis que o cobriram.
Quem não soubesse a razão destes movimentos, acharia que o homem estava a ser soerguido e levado ao colo por uma escondida força, superior à dele.
E estava.
O homem das forças acordou, atormentado pela comichão, mas a pulga nem se deu ao trabalho de cobrar-lhe a aposta. Com certos casmurros, quanto menos conversas, melhor.
E, aqui para nós, com aquelas duas chupadelas de sangue já se sentia bem paga...
Investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conseguiram finalmente perceber por que razão as pulgas têm a capacidade de saltar de forma rápida e tão longe.
Já se sabia que as pulgas tinham energia suficiente para saltar a uma distância 200 vezes mais longa que o tamanho do seu próprio corpo. Mas o que os cientistas não conseguiam perceber, era como é que estas pequenas criaturas conseguiam transferir esta energia para o chão, para poderem saltar.
Fotografias tiradas ao pormenor revelam agora que o segredo está na forma como as pulgas usam as suas patas traseiras juntas como se fossem catapultas, permitindo ao insecto saltar para a frente e para trás.
Esta nova teoria veio deitar por terra todos aqueles que acreditavam que a força das pulgas estava na sua espinha e não nos músculos.
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